Quais os métodos diretos e o que nos permitem conhecer?

Os métodos diretos permitem-nos conhecer a parte mais superficial do interior da terra de uma forma direta. Eles são o vulcanismo, a tectónica, os afloramentos, as minas e as sondagens.

 

Porque pode ser o vulcanismo considerado um método direto?

 Através da observação dos materiais vulcânicos podemos conhecer o interior da terra até aproximadamente os 200km. Embora, o magma, material que lhe da origem, não corresponda exactamente ao que se observa nos materiais vulcânicos, os vulcanólogos podem aferir o que se passa no interior. Por vezes, o material ao ascender na chaminé vulcânica arrasta consigo porções de rocha arrancadas na sua passagem que resistem à fusão. São os xenólitos que nos dão informações preciosas dos materiais existentes no interior.

 

Porque pode ser a tectónica considerado um método direto?

Na observação de deformações causadas pela tectónica podemos aceder aos materiais existentes no interior.

 

Porque podem ser as minas e pedreiras de céu aberto considerado um método direto?

Porque a exploração das mesmas fornecemos dados até aos 4 km de profundidade.

 

O que são os afloramentos?

Os afloramentos é a observação direta das rochas da superfície que por processos do ciclo petrológico ascenderam.

 

O que são as sondas?

As sondas são um recurso dispendioso mas que nos da importantes informações até ao 12km de profundidade.

 

O que são os métodos indirectos e quais são?

São aqueles em que aferimos o que se passa no interior da terra. O interior é conhecido através da geofísica (ondas sísmicas, gravimetria, geotermia, geomagmatismo) e astronomia.

 

De que maneira nos permite a astronomia descobrir factos a cerca do interior da terra?

Partindo do principio que o sistema solar se formou todo ao mesmo tempo e que teve a sua origem na nebula, é de esperar que todos os astros do sistema tenham composições semelhantes. Logo, através da composição de um meteorito que embata na terra podemos aferir a composição da mesma. Para alem disso, com os avanços na astronomia, novas tecnologias estão ao dispor do Homem. Através dos satélites, sabemos exactamente a forma da terra, podemos calcular o seu perímetro, volume, etc.

 

De que maneira nos permite as ondas sísmicas descobrir factos a cerca do interior da terra?

A propagação das ondas sísmicas e a sua velocidade reflectem diferentes estados físicos e composições diferentes no interior da terra. Através da sismologia determinamos profundidades a que se encontram as camadas e o estado físico dos matérias que elas atravessam.

 

De que maneira nos permite a gravimetria descobrir factos a cerca do interior da terra?

Qualquer corpo na superfície terrestre é atraído pela força e atracção do interior da terra. Como a superfície terrestre é irregular a força gravítica é variável de lugar para lugar. Existem anomalias gravimétricas que nos indicam materiais mais ou menos densos no interior da crosta.

 

De que maneira nos permite a densidade descobrir factos a cerca do interior da terra?

 A densidade é uma medida que se calcula a partir da relação massa/volume. A massa volúmica da terra é de mais ou menos 5,5 g/dm3. As rochas da superfície apresentam uma densidade de apenas 2,8 g/dm3. Logo, permite-nos aferir que no interior da terra as rochas serão muito mais densas.

 

De que maneira nos permite o geomagnetismo descobrir factos a cerca do interior da terra?

A terra apresenta um campo magnético que é da responsabilidade do núcleo (ferro e níquel). As lavas basálticas, ricas em ferro, quando consolidam os seus minerais magnéticos cristalizam com a orientação do campo magnético da terra, na altura da sua formação. Com o estudo do paleomagnetismo tem-se verificado que o campo magnético da terra tem-se alterado, quando a polaridade é normal, o campo magnético coincide com o polo norte geográfico. Quando a polaridade é inversa, o campo magnético coincide com o polo sul geográfico.

 

De que maneira nos permite a geotermia descobrir factos a cerca do interior da terra?

Através de métodos diretos conclui-se que há medida que caminhamos para o interior da terra, de 33/34 metros a temperatura aumenta 1ºC (GRAU GEOTERMICO) o que implica a existência de um gradiente geotérmico, ou seja, uma variação de temperatura com a profundidade.